sábado, 23 de junho de 2012

"Entre os dentes segura a primavera"

[...]

- Te envergonhas por dedicar a vida à tua crença. Como podes cair desta forma?
- Sou fiel aos meus princípios, não presumas tu a minha fraqueza.
- Se fidelidade fosse o teu forte não terias tanto receio em falar daquilo que amas. Não sejas tolo menino, não te percas nos passos de teus semelhantes.
- Como ousas falar de meu espírito com tanta presunção?
- Não falo de teu espírito apenas. Conheço os pesares do meu, e sei quão árduos são os anseios como os que vejo em teus olhos. Meu filho, paixão não é alimento e teus dias não são em vão.
- Já me disseste isso, e sinceramente  te sou grato, mas de que me serve o que não sinto?
- Te serve de chão quando não sentires nada do que tens. Por vezes em tua gana de enxergar, não vês que a conseqüência de teus atos é imensamente maior do que tu. Lembres sempre que a vida que escolheste, que amas e com tamanha força carregas, cativa em teus irmãos o desejo de serem melhores. Não sacrifiques o que não precisas, mas does o que tens e em todos os lados verás refletido o amor. 

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